Hoje, no dia do café, não tenho como não lembrar de Patti Smith e e a relação ritualística que ela criou com os cafés (espaços e bebida).
Linha M é composto por memórias de diversas épocas da vida da autora em que ela traz um olhar único, íntimo e mágico sobre muitas questões as quais as experiências de vida que ela teve a levaram a refletir, é um livro de alguém eternamente aberta ao mundo para aprender, alguém que olha o mundo sempre com olhos curiosos e vivos. Um livro que te faz querer ter paixão pela vida mesmo nos momentos mais tristes.
O que isso tudo tem a ver com café? No primeiro capítulo, Patti nos fala sobre o Café 'Ino, lugar em que ela vai todas as manhã, escolhe a mesma mesa para ler e escrever. Além disso, a bebida e o espaço dos cafés estão presentes em muitos outros momentos, buscar um café é um ritual que Patti tem em todo lugar que vai. O café é o terreno de criação e a bebida parece seu combustível.
"Minha mesa e a cadeira do Café 'Ino. Meu portal para onde."
Ler Linha M é se sentir tocado pela imensa sensibilidade que Patti tem acerca da vida e da arte. Além de artista, ela é uma apaixonada por arte, ao longo do livro ela cita diversos artistas que a marcaram de alguma forma, tudo de forma muito singela e sem nenhuma soberba intelectual. Isso mostra pra mim a humildade que ela tem ao compartilhar suas referências e o quanto aprende e cresce com outros artistas.
"Todos os escritores são vagabundos - espero ser considerada uma de vocês um dia."
Ir ao cemitério desses artistas é outro dos rituais que ela cultiva, como que para celebrar a vida que tiveram e o que puderem nos deixar. Patti os faz ainda vivos.
"Todos os escritores são vagabundos - espero ser considerada uma de vocês um dia."
Ir ao cemitério desses artistas é outro dos rituais que ela cultiva, como que para celebrar a vida que tiveram e o que puderem nos deixar. Patti os faz ainda vivos.
"Os mortos falam, nós é que esquecemos de ouví-los"
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