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10.3.13

Satori.



"E sou deixado ali no banco do bar importunando todo mundo com minha solidão desgraçada que passa despercebida na noite movimentada e atordoante, no bater da caixa registradora, na balbúrdia da lavagem de copos. Quero dizer a eles que não queremos todos ser formigas contribuindo para o organismo social, mas individualistas contados um por um, mas não, tente dizer isso aos que entram-e-saem com pressa dentro e fora da noite agitada do mundo enquanto o mundo gira em um só eixo. A tempestade secreta se tornou um temporal público." 




"... adultos cretinos que têm medo de ler sobre si mesmos em um livro assim como teriam medo de olhar no espelho quando estiverem doentes ou feridos ou de ressaca ou insanos"
                                              (Satori em Paris)

17.12.12

Em busca do Satori

esse é o ponto enquanto a maioria das pessoas se encolhem nesse medo do que pode encontrar quando chegar ao fim da viagem de si mesmo - eu não tenho. vivo em busca de cavar mais e mais o poço vazio que sou na esperança de encontrar algo e só escuto o que reverbera - sem nenhum entendimento


nunca tive medo de encarar o espelho e ver minhas feridas nunca tive medo de abraçar tua alma estranha e saber

a dor que causaria


porque eu sempre preferi pular no abismo sem enxergar o chão sempre preferi descer de olhos abertos em todas as montanhas russas da insanidade 

e terminar sem fôlego


mas afinal quem iria se dizer lúcido quando se entrega completamente e imediatamente a todos os penhascos da vida?




RJ - 2013 - cybershot