"Foi quando viu que a vida dos espiões compreendeu plenamente a tensão com que vivia cada momento, igual à deles. O medo de se comprometer, de dormir fazendo muito barulho, de falar durante o sono, de descuidar-se no timbre de voz ou no comportamento, a necessidade de fingir continuamente, de improvisações ou motivações rápidas, de rápidas justificativas para sua presença aqui ou ali.
[...]
Sou uma espiã internacional na casa do amor"
"A vida de todo espião sempre terminou em morte ignominiosa"
"[...] Alan era o centro de sua vida. Esses outros momentos de febre eram momentos de um sonho: insubstanciais e que desapareciam tão depressa quanto chegavam. Mas se Alan a repudiasse seria sua morte. Sua existência ao olhos de Alan era sua única existência verdadeira. Dizer "Alan me rejeitou" era o mesmo que dizer "Alan me matou.
As carícias da noite anterior foram intensamente maravilhosas, como todas as chamas multicolores de fogos de artifício, estouros de sóis explodidos e de neons dentro de seu corpo, cometas voadores voltados para todos os centros do prazer, estrelas cadentes de penetrantes êxtases, mesmo assim, se ela dissesse "quero ficar aqui e viver com Mambo para sempre", seria o mesmo que as crianças que ela havia visto tentando ficar debaixo da chuva de faíscas dos fogos de artifício que duravam instantes e as cobriam de cinzas"
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