Narra as primeiras semanas da relação de Fréderic e Aurélia. .
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Aurélia vai até o Japão para uma conferência de quadrinhos e também para encontrar Fréderic, que havia conhecido na França. A hq se diferencia por retratar de forma divertida e direta as descobertas sexuais que ocorrem entre eles ao mesmo tempo que vão também consolidando a relação. .
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Apesar das imagens eróticas que Aurélia desenha sem tabu, o traço meio arredondado e as expressões lembram um pouco feições de anime e por isso que eu disse que é uma safadeza fofinha. Muito legal é como Aurélia transita entre situações sexuais para coisas engraçadas e reais que raras vezes vemos na lliteratura, como o sexo quando se está menstruada e fetiches sexuais de querer se ver no espelho entre outros que acharíamos "nojento", mas o jeito que ela coloca nos faz pensar como tudo isso deveria ser falado de forma mais natural entre adultos. .
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Aurélia também traz a perceção de uma mulher, algo inovador porque como sabemos, raramente lemos literatura/quadrinho erótico do ponto de vista feminino, fala de todos os desejos, fetiches e inseguranças que poucas vezes são ditos. Acho que seria um ótimo presente pra alguns homens que nunca perguntam ou parecem se interessar no que desejam suas companheiras. É interessante observar que não se trata apenas de abordar a sexualidade feminina, mas A SEXUALIDADE, pois nós também fazemos parte do estudo da sexualidade, falar da sexualidade da mulher não é um assunto só para mulheres. A arte erótica feita por mulheres é ignorada por homens ou objetificada por eles, nunca vista como parte do estudo erótico. O corpo nu da mulher é a imagem mais exposta na nossa sociedade, essa hq não se trata disso, mas sim de uma mulher observando a si e a seu parceiro, desenhando seus desejos, não a serviço da excitação de um homem, mas como expressão de si. .
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