2.6.17

diário

quinta, 1 de junho

vamos nos encontrar na sorveteria é mais fácil fico tremendo das pernas as mãos que que ficam geladas uma tonta pareço traçar uma coreografia com a esquina da sorveteria virando a cabeça a cada dois segundos pra ver se você surge. porque essa necessidade de frio na barriga não sei explicar e talvez eu não precise se a gente só pudesse sentir as coisas de outro jeito se a gente só pudesse poder você repetiu a mesma frase algumas vezes porque não sabia como dizer o que sentia como sentia porque sentia vitor apareceu não sei se me viu acho que sim a gente sempre enxerga quem não queremos ver mesmo no meio da multidão pobleminha burguês esse meu talvez não serei capaz de fazer teatro social brechtiano isso vai afetar alguém não consigo me focar num assunto só isso talvez explique meu interesse por mais de uma pessoa também me sinto tendo que justificar quem sou o tempo todo pra mim e pro mundo (eu sei que ele tenta) fui pegar o ônibus, me acompanhou estava bem mais tarde que o normal, não demos o beijo tão esperado desse capítulo, de novo, mas posso lembrar os momentos em que meu corpo se inclinou para o teu na tentativa pensei várias vezes que eu queria ter passado a noite com você na casa de algum amigo bebendo vinho e conversando, talvez 


domingo 4 de junho
Agonia desenfreada a tardinha. Olhei pro mar e não vi a calma, não pude mergulhar. Eram as pedras, eram as pedras escuras, firmes, observando tudoo imóveis. Me aquietei e fiquei com minha tristeza entra as pernas. Não havia magia na natureza, Não encontrei paz nos lugares comuns. Nem por do sol, nem paresia, nem areia. Mas nos teus olhos sim. Azulinho. Eu sou como as rochas que parecem descrente ao amor mas se deixam atravessar pelo mar.
Talvez a poesia so sirva mesmo pra alguém não se matar num domingo a noite ao ler hilda hilst ouvir caetano e viver unpocomas


25 de junho
não sei te amar é com você que quero percorrer todos os caminhos, fazer planos sussurrados por debaixo dos lençóis e em meu corpo caem cacos de ternura, esse carinho todo meu bem, dói.




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