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Balada de Alzira |
IX
Colapso hibernal
das cousas ausentes.
Desfila diante de mim
o teu olhar parado.
Na minha frente
há figuras de mortos
tecendo roupas brancas,
e na tua vida
há qualquer cousa de triste
que não foi contado.
Coragem de viver os dias
sem falar de loucos
quando há qualquer louco
no infinito,
pedindo uma lembrança
e contei os seus dias de vida
nos meus sonhos.
Existe um deus qualquer
nas minhas entranhas.
Pobre loucura
atrofiando o amor da amada.
Teu pobre olhar
atrofiou minha vida inteira.
H.H.
do livro Presságio
In: Baladas
BALADAS DE ALZIRA (1951)
(I)
Eu cantarei os humildes
os de língua travada
e olhos cegos
aqueles a quem o amor feriu
sem derrubar.
(III)
E nada restou
das infinitas coisas pressentidas
das promessas em chama.
Nada
Ah! Se ao menos em ti
eu não me dissolvesse.
E se ao menos contigo
ficar pouco de mim
lembrança de algum dia
ou meu nome guardar
um momento de sol...
Se ao menos existisse
em nós a eternidade.
VII
Restou um nome de bruma
no meu eterno cansaço.
Restou um tédio cinza
no meu todo silêncio.
Tanta tristeza no meu sono imenso...
(X)
Agora o amor é inútil
e inútil o meu consolo.
Estamos sós.
Entre o teu amor
e o meu afago,
aquele triste mundo de certezas.
(XII)
O teu gesto de alegria
nunca será para mim.
O teu conflito noturno
este sim
pousará na minha face.
“ Thank You for Your Love ” by Christian Schloe |
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