Há muito tempo não me sinto tão só, em todos os sentidos, Elliott vem e me diz "if you are alone it must be you that wants to be apart", acho que que sim, não consigo me conectar, tenho medo de me conectar, tenho preguiça, perco o interesse nas pessoas na mesma velocidade em que tenho interesse em qualquer um que cruze um olhar comigo. Eu sei todas as coisas, eu devo aproveitar esse momento de solidão, eu devo me concentrar em mim, eu devo me sentir bem sozinha para me sentir bem com os outros, eu sei, eu vou tentar, eu estou tentando, não é sempre assim? Eu tentando. Tenho novamente metas e sonhos que só cabem na minha mochila de andarilho solitário. Por que essa sensação que dependo de alguém pra realizar todos os meus sonhos? Por que não consigo alcançar a auto-suficiência? Por que não consigo romper essa barreira de carência? Freud explica? Penso no meu pai, penso sim, penso que tem a ver com a lembrança de ser abandonada por ele. Penso se isso não é o reflexo do meu relacionamento com os homens. Freud, será que você explica? Estou novamente com os meus fiéis companheiros ao quais me apeguei por uma vontade necessária ao decorrer da vida: livros, filmes e músicas. "Como é perversa a juventude do meu coração que só entende o que é cruel e o que é paixão". Eu digo para um grande amigo "estou com um problema", eu digo o problema e ele me diz "não sei o que dizer, nunca passei por isso, é complicado". E você se sente cansada das próprias reclamações e de sempre contar os mesmos casos sobre "roses and kisses and pretty men to tell you all thoses pretty lies" e minha outra grande amiga diz "bem, você sempre acaba entrando nas mesmas histórias" e como eu tento fazer da minha vida incrível but it turns on in nothing. Eu vou voltar para minhas músicas, meus livros, meus filmes e minha solidão e abraçá-los, vestí-los como um casaco confortável e quentinho para me proteger desse inverno que chegou e eu serei feliz.
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