[...] Ocorreu uma mutação, a antiga vida acabou. Uma nova começou.
Queria tanto a experiência - a capacidade - de segurar uma mão a vida toda. Sem nada pedir.
Mas sigo meu próprio caminho. Estou ali inteira, como uma grande carga trancada de terror, como capítulos esquecidos que precisam ser lembrados, como o medo de estar sozinha.
Toda insegurança que habita a pessoa chamada Liv.
Nora* fica à porta e diz: "Não sei o que será de mim. Não sei para onde vou. Só sei que mão posso mais me incomodar com o que os outros dizem. Preciso encontrar o meu próprio caminho.
Não é ali que estão as possibilidades da vida? Não necessariamente chegar, mas sempre estar a caminho, em movimento.
E também amando.
Também com a mesma mão na minha - se tiver sorte
*Nora é a personagem que Liv interpretou na peça "Casa de bonecas".