- Você diz que ama ambos? - interrompeu ele a certa altura, quebrando o longo silêncio que vinha mantendo.
- Sim - respondeu Hildred. - Eu os amo, os dois, embora meu amor por você seja diferente do amor que tenho por Vanya.
[...]
- Escute - disse ela - , você acha que eu poderia ficar em seus braços, entregar-me a você como me entrego, se...
- Se o quê?
- Oh, tudo isso é tão estúpido! Você torna as coisas complicadas, feias. Toma, sim, senhor! Você vê tudo a sua maneira, essa maneira tacanha, masculina. Você faz de tudo uma questão sexual, e não é nada disso... é algo raro e belo.
O pensamento a empolgo, levou-a longe.
- Imaginar - disse - que você possa ter essas idéias horríveis a meu respeito, quando eu só tenho amor por você!... amor e gratidão... pois devo tudo a você. Eu não era nada, só uma criança tola, e você me transformou em alguma coisa. Você é quase um deus pra mim. Será que não sabia disso? Não acredita em mim?