29.1.15

You Could Be My Favourite Faded Fantasy

Ele: Não gosto da palavra incrível. Parece vaga
Ela: Eu quis dizer que é tudo muito surpreendente, que eu não esperava nada disso, que parece algo tão louco... in-crível
Ele (segurando o rosto dela): O que não é crível?? Me diz? Isso não é crível? O que não é crível?
Ela (tremendo): É, é crível...
Ele sorri
Ela sorri
Eles se beijam
Ele: Você já se apaixonou?
Ela (assustada): Já... e você?
Ele (sorrindo) : Já. Você está apaixonada por mim?
Ela: Estou tentando não estar. Não sei se posso me apaixonar por você.
Ele: Eu também não sei.
Ela: Se está apaixonado por mim ou se eu posso me apaixonar por você?
Ele: Os dois





21.1.15

I can't keep myself from evil

É isso. Eu cansei se fingir que não quero entender. eu quero entender sim, eu sempre quero entender demais. por que você veio?? o que voê quer de mim? eu não consigo mais fingir que não me importo com isso, porque eu me importo, deus, eu me importo demais. eu sei, isso é que atrapalha tudo, isso é que fode tudo, mas estou sedenta que me vejam por dentro. estou tão cansada de tudo, não sei nem por onde começar a dizer sobre tudo que me cansa, estou exausta. exausta de me ensconder pra sobreviver, de não ser quem eu sou mesmo só pra ter algumas horas de alegria passageira, EU SEI, eu estou gritando, eu sei que é tudo passegeiro mesmo, mas eu quero de novo me enterrar na ilusão de que posso segurar algo por alguns anos pelo menos, quero me enterrar na ilusão de viver algo sem um prazo de validade determinado, quero viver na ilusão de que alguém me quer muito, que me deseja muito, não só por algumas horas, não, algumas horas já não bastam mais, não consigo ser passageira, eu li uma frase que dizia que algumas pessoas estão só de passagem pra nos faz felizes por um tempo e devemos agradecer por isso, mas sempre??? tem que ser sempre?? pois cansei dessas passagens, estou faminta pra poder mostrar quem eu sou e chorar quando eu quiser e falar descontroladamente sobre tudo que me apavora, sobre como o amor é complicado, sobre como eu tenho medo, eu quero falar de mim sem ter a obrigação de ser extremamente interessante, eu quero o direito de não ser interessante por vezes e ainda assim ter alguém olhando pra mim dizendo "eu vou ficar aqui esperando sua loucura passar". porque é isso que eu faço, sabe? eu sou aquela que senta e espera  que o animal dentro de ti possa sorrir pra mim gentilmente, e eu posso ficar assustada, mas eu fico aqui, ESSA SOU EU. E eu quero ser essa pessoa pra alguém e quero que seja pra mim. eu quero alguém que seja oceano comigo, porque eu já molhei os pés e não consigo me satisfazer e por que eu deveria?? você apareceu e foi ótimo, me fez ver que ainda posso despertar o interesse de alguém, e de alguém que eu nunca pensei, como você. eu poderia ter dito não, eu deveria ter dito não? mas foi eu mesma, eu que quis pensar que consigo lidar com isso de novo, de aproveitar o momento, de não romantizar, de não futurizar, mas senhor, é tão difícil, porque eu estou cansada e sedenta, porque eu vivo intensamente esses momentos lindos com você e você é tão maravilhoso mas quando eu chego em casa sou eu que sou atormentada por todos os pensamentos que eu sei, só que eu tenho culpa de deixar que eles me dominem, mas aqui estou eu, falando tudo que me grita, porque é cansativo ter que fazer esses pensamentos se calarem e falar contigo dias depois sorrindo e disfarçando toda a minha agonia, como se eu fosse madura, como se eu estivesse na mesma onda que você, mas não estou. e não estou pedindo pra que ninguém esteja, eu só quero alguém que já seja. eu já conheço essa história de interesses momentâneos, porque talvez seja isso, estou exausta de ser alguém que só interessa momentâneamente, eu vou ter mesmo que me violentar e podar todas esses galhos que crescem dentro de mim só pra não assustar ninguém com a imensidão que tenho? eu não sei ser rasa, eu sou aquele mar furioso da quarta feira que me derrubou e você riu e eu chorei, eu sou ele. e minha nossa, eu não sei nada de você e eu preciso saber, eu não sei quanto tempo posso aguentar tentanto descobrir e no fim não ser nada disso que você me mostrou, não quero viver esse filme de novo, eu preciso saber agora,


1.1.15

Yoshimi Battles The Pink Robots

Há muito tempo não me sinto tão só, em todos os sentidos, Elliott vem e me diz "if you are alone it must be you that wants to be apart", acho que que sim, não consigo me conectar, tenho medo de me conectar, tenho preguiça, perco o interesse nas pessoas na mesma velocidade em que tenho interesse em qualquer um que cruze um olhar comigo. Eu sei todas as coisas, eu devo aproveitar esse momento de solidão, eu devo me concentrar em mim, eu devo me sentir bem sozinha para me sentir bem com os outros, eu sei, eu vou tentar, eu estou tentando, não é sempre assim? Eu tentando. Tenho novamente metas e sonhos que só cabem na minha mochila de andarilho solitário. Por que essa sensação que dependo de alguém pra realizar todos os meus sonhos? Por que não consigo alcançar a auto-suficiência? Por que não consigo romper essa barreira de carência? Freud explica? Penso no meu pai, penso sim, penso que tem a ver com a lembrança de ser abandonada por ele. Penso se isso não é o reflexo do meu relacionamento com os homens. Freud, será que você explica? Estou novamente com os meus fiéis companheiros ao quais me apeguei por uma vontade necessária ao decorrer da vida: livros, filmes e músicas. "Como é perversa a juventude do meu coração que só entende o que é cruel e o que é paixão". Eu digo para um grande amigo "estou com um problema", eu digo o problema e ele me diz "não sei o que dizer, nunca passei por isso, é complicado". E você se sente cansada das próprias reclamações e de sempre contar os mesmos casos sobre "roses and kisses and pretty men to tell you all thoses pretty lies" e minha outra grande amiga diz "bem, você sempre acaba entrando nas mesmas histórias" e como eu tento fazer da minha vida incrível but it turns on in nothing. Eu vou voltar para minhas músicas, meus livros, meus filmes e minha solidão e abraçá-los, vestí-los como um casaco confortável e quentinho para me proteger desse inverno que chegou e eu serei feliz.


Resenha: Seja homem (JJ Bola - Editora Dublinense)

Seja Homem é um livro que busca analisar a construção da masculinidade no patriarcado, discutindo como as práticas do que seria “ser um home...